design
É essa visão, preconceituosa e “artística” do Design, que André Villas-Boas tenta desmentir. O designer carioca, logo no início do capítulo 00 de seu livro “O Que é [e o que nunca foi] Design Gráfico: The Dub Remix” (que é texto adaptado de seu mestrado em Comunicação), enuncia: “Design gráfico é a área de conhecimento e a prática profissional específicas que tratam da organização formal de elementos visuais – tanto textuais quanto não-textuais – que compõem peças gráficas feitas para reprodução, que são reproduzíveis e que têm um objetivo expressamente comunicacional. Ou seja: foi feito para comunicar; não comunica por acaso ou porque tudo comunica, mas porque este é seu objetivo fundamental.” Esse conceito de design inegavelmente como forma de comunicação difere em ângulo obtuso do conceito de design como arte, sugerido por Walter Zanini. Hoje, quase todos os estudos e conceitos formulados sobre a função do Design convergem no ponto “Design comunica”. Há as correntes que prosseguem reafirmando que o design é uma forma de arte – apesar de inúmeros posicionamentos contra essa idéia –, mas mesmo estas já não podem refutar o caráter intrinsecamente comunicador do design. Marcada esta diferença, nos demais pontos ambos os autores concordam. O designer trabalha combinando diferentes elementos visuais, sejam textos ou imagens; o designer faz produtos para reprodução (o artista produz obras singulares); o designer é um programador racional e seu trabalho tem limitações formais. Assim, tanto Zanini quanto Villas-Boas concordam que o design gráfico é uma prática profissional que vive para o mercado. Já a arte independe do mercado. Isso leva a uma conclusão-síntese: o design, além de ser feito para vender, precisa igualmente se vender para garantir sua fatia no bolo comercial. Conclusão
O Design, passados alguns anos de seu “nascimento” e primeiros passos, viveu uma longa etapa de amadurecimento e hoje, com a aplicação do