Design e sustentabilidade
O capítulo aborda as questões acerca principalmente dos ciclos na natureza e da maneira como eles são sustentáveis. A questão chave é que, na ausência da interferência humana, os recursos fornecidos pela natureza são gerenciados por ela mesma de forma a não haver desperdício no decorrer de suas cadeias de interrelações ecológicas. Isto porque a fonte primordial de energia é o sol, e a partir dele essa energia é distribuída progressivamente sem que haja uma forma de aumentá-la no decorrer do seu caminho de utilização que não a partir de sua fonte original, ou seja, o próprio sol. Também não é possível armazená-la de maneira a retê-la no ambiente estagnada por mais tempo do que o próprio ambiente seja capaz de repor, como o exemplo do carbono retido nos poços de petróleo. Por outro lado, a introdução de métodos artificiais de extração de energia do meio ambiente e a banalização do seu uso a partir da utilização indiscriminada dos recursos naturais e sua conversão em bens de consumo, trouxe uma contribuição para o meio ambiente que não é passível de gerenciamento natural, tal como o restante dos recursos advindos da própria natureza. Isto porque os materiais criados e manipulados pelo ser humano são capazes de reter os recursos naturais por muito mais tempo do que naturalmente ficariam retido, gerando o famigerado desperdício. Este anda na maré contrária à sustentabilidade, pois torna os ciclos naturais muito mais longos do que deveriam ser, o que poderia ser traduzido em lixo. Na realidade, o que chamamos de lixo nada mais é do que um desperdício de recursos naturais mal gerenciados. A grande questão da sustentabilidade no mundo industrializado não é tanto em quais ou que tipo de materiais têm sido inseridos no ciclo de vida de determinado material, como água, metal etc, mas em quanto tempo nós estamos aprisionando um material que poderia estar sendo utilizado