Desespero

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Diante das observações do cotidiano que fiz acima, mencionando que vivemos um momento de desespero mundial, pergunto: "Serão tais situações que nos fazem desesperar? Será está influência do meio externo que esmaga o horizonte dos homens para a visualização da felicidade?"

De certo modo, talvez. Mas, após a leitura do texto de Kierkegaard percebi que o "DESESPERAR" é muito mais do que um fenômeno social, é também uma questão emocional que nos leva ao fracasso ou ao triunfo. Percebemos, com a prisão de Sadam Hussein, que mesmo o inabalável ditador, sem dúvida alguma, também viveu os seus momentos de desespero.

Muito provavelmente há no córtex cerebral um local responsável pela tomada de consciência das emoções que sentimos e, simultaneamente com a consciência dessas emoções, nosso organismo manifesta alterações orgânicas compatíveis. São respostas do sistema nervoso autônomo (SNA) ou vegetativo, por isso, chamadas de respostas autonômicas.

Para a ocorrência dessas respostas autonômicas (do SNA), sejam elas endócrinas, vegetativas (palpitação, sudorese, etc) ou motoras, há necessidade de um comando neurológico. Para tal, quem entra em ação são as porções subcorticais (abaixo do córtex) do sistema nervoso, tais como a amígdala, o hipotálamo e o tronco cerebral. Essas respostas são importantes, pois preparam o organismo para a ação necessária e comunica nossos estados emocionais ao ambiente e às outras pessoas.No desespero de não querer ser si próprio, considerado um desespero-fraqueza, não se encontra uma consciência do eu. Para Kierkegaard: “... nesse caso, o desespero é simplesmente sofrimento: suportar a si mesmo passivamente uma opressão que vem de fora, e de modo nenhum o desespero vem de dentro como se fosse uma ação.” (p.58) Consiste em não possuir um eu, já que não se deseja o eu que é. É fraqueza, pois há a fuga de ser si mesmo.

O desespero pelo desejo de ser nós próprios também é denominado desespero- desafio. Neste há a consciência do

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