Desespero: A Enfermidade do Eu
FILOSOFIA/2010
Marcelo de Amorim Mantovani
HISTÓRIA DA FILOSOFIA MODERNA
Porto Velho/RO
2012
DESESPERO – A ENFERMIDADE DO EU
I) UM BREVE HISTÓRICO DA VIDA DE KIERKEGAARD
Sören Aabye Kierkegaard nasceu na capital dinamarquesa, Copenhague, no dia 5 de maio de 1813, em uma família rica. Foi o último dos filhos do casamento que seu pai, Michael Pedersen Kierkegaard, contraiu com a sua governanta Anne Srensdatter, uma vez que era viúvo e sem filhos. Viveu com uma vocação de sacrifício e martírio idealizada por seu pai, homem com uma melancolia religiosa destacada. Além disso, dois outros fatos marcaram profundamente a vida do filósofo: a morte de seus irmãos Mikael (1819) e Cristine (1822). Essa fatalidade agravou a angústia de seu pai que já era um homem marcado por um grande sentimento de culpa e deixou cicatrizes profundas em Kierkegaard. Suas obras foram significativamente marcadas pelos relacionamentos difíceis que teve com seu pai e com sua noiva Regine Olsen, com quem rompeu um romântico noivado que durou aproximadamente um ano. Depois do rompimento do noivado, segue-se um demorado período de profundidade literária, podendo ser destacado que o filósofo escreve a partir de suas experiências pessoais, já que aspectos de sua existência vão sendo agregados aos seus pensamentos. Vive momentos de profunda depressão e amargura sem limites, mas consegue transformar essa energia negativa em inspiração para sua produção literária que aborda o tema da existência humana. Em 11 de novembro de 1855, Kierkegaard morre prematuramente aos 42 anos.
II) SUAS OBRAS
Sua primeira obra é uma tese de doutorado em Teologia defendida em setembro de 1841, onde escreve o Conceito de Ironia Profundamente Relacionado a Sócrates.
Em 1843 escreve Enten – Eller (Ou isso, ou aquilo). Nesta obra encontra-se o Diário de um Sedutor.
Ainda em 1843 publica Temor