desenvolvimento
A professora disponibilizou a vaga para Pollyane na escola e se surpreendeu com a inteligência daquela menina.
As dificuldades foram muitas...
Caminhavam, se é que se pode dizer caminhavam pois Pollyane era arrastada pela professora, por doze quilômetros para chegar até a escola; as estradas eram intransitáveis pelos veículos. A linha não possuía transporte escolar nem ônibus de passageiros.
Em sala de aula, Pollyane participava de todas as atividades demonstrando sua grande vontade de aprender, assim como os demais colegas.
Preocupada em atender todas as crianças, e em especial Pollyane, Zâine levava seus cadernos e transcrevia com letras grandes, traçadas em três linhas, as atividades do livro didático e os outros exercícios que ela passava no quadro negro para os outros alunos. Pollyane não enxergava, não tinha a visão perfeita como seus colegas e compensava esta deficiência resolvendo as situações problema e os cálculos matemáticos com extrema facilidade.
A alfabetização de Pollyane aconteceu com num passe de mágica, com um estalar de dedos. A menina ouvia a leitura de um texto e o contextualizava com tamanha desenvoltura que dava gosto. Produzia textos com alto nível lexical e semântico. O processo pelo qual Pollyane aprendia ia além do aprender a ler e a escrever, o letramento figurava pleno no seu aprendizado. Ela surpreendia a cada dia. E ensinava os colegas, pelos quais era admirada.
Zâine tinha uma grande aliada, no trabalho com Pollyane: sua mãe. Com todo carinho que é peculiar a uma