Desenvolvimento Sustentável
Todo discurso é, ao mesmo tempo, uma forma de expressão e de exercício de poder onde ideologias e interpretações disputam o reconhecimento como “o discurso verdadeiro” sobre determinado assunto. LIMA (2003), em seu ensaio sobre “O discurso da sustentabilidade e suas implicações para a educação25”, destaca que: “à medida que o debate da sustentabilidade vai se tornando mais complexo e é difundido socialmente, ele vai sendo apropriado por diferentes forças sociais que passam a lhe imprimir o significado que melhor expressa seus valores e interesses particulares.”
No campo empresarial, observa-se que as empresas têm procurado equacionar os objetivos da obtenção de lucros e da remuneração de seus acionistas adotando modelos de gestão que incluem práticas de responsabilidade social como forma de evidenciar o seu compromisso com a sustentabilidade. Neste pro- cesso de transformação, lento, porém sensível, BLASCO (2007)27 identificou três gerações empresariais: a Primeira Geração, onde há uma máxima priorização dos aspectos econômicos em detrimento dos aspectos ambientais e sociais; a Segunda Geração, onde há uma equalização dos três aspectos e o interfaceamento dessas, gerando oportunidades relacionadas à ecoeficiência, segurança do processo de produção e desenvolvimento econômico-social; e a Terceira Geração, onde há a integração dos três aspectos para uma verdadeira atuação responsável, gerando benefícios intangíveis para as organizações.
Cabe observar que esse processo de transformação nas empresas Cabe observar que esse processo de transformação nas empresas ocorre, algumas vezes, sem uma discussão acerca dos conceitos relacionados ao desenvolvimento sustentável e à sustentabilidade, gerando com isso discursos e práticas com matrizes conceituais antagônicas, o que, de certa forma, não contribui com o processo de transformação de uma organização (LAYRARGUES, 1997)29.
A revisão da literatura permitiu