Desenvolvimento profisssional e pessoal
A autoridade daqueles que estão envolvidos no contexto educacional e está intimamente vinculada à disciplina. Isto ocorre porque o trabalho pedagógico pressupõe uma relação assimétrica de poder, na qual aquele que ensina – o docente – exerce uma autoridade sobre aquele que aprende – aluno (De La Taille, 1999). O modo como o professor exerce sua autoridade em sala – se forma autoritária ou liberal é vital para o estabelecimento (ou não) de uma situação de disciplina em sua turma. Ter autoridade tem sido equivalido a ser autoritário com os aprendizes, não lhes dando direito de se posicionarem em relação a diversas questões que ocorrem no contexto escolar. De acordo com esta realidade, o aluno se cala por não crer na autoridade docente, mas por temer as punições e ameaças (implícitas ou explícitas) do professor autoritário. Segundo Furter (1979:172), “longe de ser um mal que cause vergonha aos adultos, a autoridade é uma garantia de estabilidade do mundo que os cerca, já que essa mantém um ambiente que tranquiliza a criança (ou adolescente) e garante o objetivo da ação pedagógica”. Existem duas formas para exercer a autoridade: pelo domínio ou pelo poder institucionalizado, como ocorre na instituição escolar, ou pelo prestígio daquele que demonstra possuir competência em determinado assunto. Ressalte que apesar de uma forma de poder, a autoridade não deve ser confundida com autoritarismo, ou seja, seu uso abusivo, pois ao se fazer obedecer por intermédio de castigos, punições, advertências, notas baixas e ameaças de reprovação, o professor consegue uma obediência que não será legitimada por seus subordinados (De La Taille, 1999:11). De acordo com Durkheim (1974), na escola é preciso haver regras, que se constituem em um instrumento imprescindível da educação moral, cabendo ao professor impô-la,