Desenvolvimento Pessoal e Profissional
Dr. Adagmar Andriolo
Dr. Fernando Kok Nos últimos anos, acumularam-se evidências de que a elevação da homocisteína sérica se constitui em um fator de risco para doenças cardiovasculares independente de outros fatores já bem estabelecidos, como a hipertensão, a obesidade, o colesterol e o tabagismo. Mesmo uma discreta elevação da homocisteína sérica aumenta o risco de trombose venosa, acidentes vasculares cerebrais e infarto do miocárdio. O conhecimento de que há uma correlação entre níveis de ácido fólico baixos e homocisteína elevada traz a possibilidade de intervenção terapêutica na hiperhomocisteinemia, por meio de suplementação oral de ácido fólico. No entanto, o impacto desta medida na redução do risco cardiovascular não foi ainda inteiramente determinado.
O que é a homocisteína? E a homocistina? A homocisteína é um aminoácido sulfurado que se origina da desmetilação do aminoácido metionina. A homocisteína no soro pode ser encontrada de três formas: livre (~1% da total); conjugada por meio do radical sulfidril (SH) a proteínas plasmáticas (~70-80% do total); e combinada a outro aminoácido sulfurado (~20-30% da homocisteína total), formando homocistina (que é o dímero da homocisteína) ou disulfitos mistos (p.ex. homocisteína-cisteína). A homocisteína sérica total é formada pelo conjunto de todas as formas de homocisteína.
COOH
COOH
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H2N CH
H2N CH
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CH2
CH2
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CH2
CH2
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S CH3
SH
METIONINA
HOMOCISTEÍNA
Quais são os níveis normais de homocisteína? Níveis séricos entre 5 e 17 micromoles/L são considerados normais. Elevações situadas entre 18 e 30 são tidas como moderadas, entre 31 e 100 intermediárias e acima de 100 micromoles/L são consideradas graves. No entanto, não está estabelecido um nível crítico de homocisteína a partir do qual ocorre aumento do risco cardiovascular. Parece haver uma relação linear entre risco cardiovascular e