Desenvolvimento humano
“A criança não é um adulto em miniatura”
Pelo contrário, a criança apresenta características próprias da sua idade. Compreender isso é compreender a importância do estudo do desenvolvimento humano. Estudos e pesquisas de Piaget demonstram que existem formas de perceber, compreender e de se comportar diante do mundo, próprias de cada faixa etária, isto é, existe uma assimilação progressiva do meio ambiente, que implica uma acomodação das estruturas mentais a este novo dado do mundo exterior. Estudar o desenvolvimento humano significa conhecer as características comuns de uma faixa etária, permitindo-nos reconhecer as individualidades, o que nos torna mais aptos para a observação e interpretação dos comportamentos. O desenvolvimento humano deve ser entendido como uma globalidade, mas, para efeito de estudo, tem sido abordado a partir de quatro aspectos básicos:
Ø Aspecto físico-motor – refere-se ao crescimento orgânico, à maturação neurofisiológica, à capacidade de manipulação de objectos e de exercício do próprio corpo. Exemplo: a criança leva a chupeta à boca ou consegue amamentar-se sozinha, por volta dos 7 meses, porque já coordena os movimentos das mãos.
Ø Aspecto intelectual – é a capacidade de pensamento, raciocínio. Por exemplo, a criança de 2 anos que usa um cabo de vassoura para puxar um brinquedo que está em baixo de um móvel ou o jovem que planeia os seus gastos, a partir da sua mesada ou salário.
Ø Aspecto afectivo-emocional – é o modo particular de o indivíduo integrar as suas experiências. É o sentir. A sexualidade faz parte desse aspecto. Por exemplo, a vergonha que sentimos em algumas situações, o medo em outras, a alegria de rever um amigo querido.
Ø Aspecto social – é a maneira como o indivíduo reage diante das situações que envolvem outras pessoas. Por exemplo, num grupo de crianças, no parque, é possível observar algumas que espontaneamente procuram outras para brincar, e