Desenvolvimento Econômico
A questão do desenvolvimento econômico é um tópico de discussão recente. Até meados do século XIX, as maiores preocupações dos Estados eram a riqueza e o poder dos soberanos. Com o surgimento das crises econômicas do século XX, ganhou importância o tema do crescimento econômico associado ao desenvolvimento.
No final dos anos 1930, isso ficou ainda mais evidente com a aplicação da
Contabilidade Nacional, nascida com a teoria keynesiana. Com ela, países foram classificados em “pobres” ou “ricos”, desenvolvidos ou subdesenvolvidos. Verificou-se, também, o fato de que o principal entrave ao desenvolvimento era de natureza política, pois se reservava aos países pobres uma posição subalterna no contexto da divisão internacional do trabalho. Essa abordagem histórica, conhecida como teoria do imperialismo e teoria da dependência, era feita, sobretudo, pelos marxistas. Os economistas da corrente mais tradicional refutavam essas teorias – eles identificavam a escassez de capital como a causa fundamental do subdesenvolvimento. Conceito de Desenvolvimento Econômico
Modelos de crescimento de tradição neoclássica e os de inspiração keynesiana consideram crescimento como sinônimo de desenvolvimento. Já economistas como Lewis,
Hirschman, Myrdal e Nurkse entendem que o crescimento é condição indispensável para o desenvolvimento, mas
não
condição
suficiente.
Para os economistas que associam
crescimento com desenvolvimento, um país é subdesenvolvido porque não utiliza os fatores de produção de que dispõe e, portanto, a economia cresce abaixo de suas possibilidades. Essa segunda corrente, estruturalista, entende o desenvolvimento econômico como mudança de estruturas econômicas, sociais, políticas e institucionais, com melhoria da produtividade e da renda média da população.
Desenvolvimento econômico define-se, portanto, pela existência de crescimento econômico contínuo, em ritmo superior ao crescimento