Desenvolvimento econômico local
1 – Reestruturação Capitalista e a Crise dos Estados Nacionais
1.1 - Diversas mudanças iniciadas a partir da década de 1970 influenciaram nas discussões sobre os rumos dos processos de desenvolvimento no Mundo e no Brasil, dando início a uma grande Reestruturação Capitalista. Com a possibilidade de uma nova Revolução Industrial e Tecnológica assentada nas tecnologias de Informação e na Informatização do processo produtivo, na hegemonia das políticas neoliberais de liberdade irrestrita do mercado, inclusive com a determinação da flexibilização e desregulamentação do mercado de trabalho e ao processo de globalização/mundialização do capital desencadeado com a crise do fordismo, a economia flexível de capital surgiu como uma ruptura com os padrões rígidos de produção fordistas/tayloristas, apontando para a constituição de uma nova forma de gestão da produção, representando o redimensionamento do processo produtivo, a reorganização do trabalho na produção, a alteração das formas de gestão empresarial e, primordialmente, as relações entre as empresas. O momento atual é marcado por fortes transformações que condicionam os mecanismos de tomada de decisões por parte dos gestores públicos, que antes eram realizados de cima para baixo, pelos Estados Nacionais. Nesse contexto estudos locais ganham força, com o município assumindo funções que antes eram de responsabilidade de poder superior.
1.2 - As práticas de desenvolvimento local assumem variadas dimensões e significados, com a implementação de diversas políticas como as de economia solidária, dos arranjos produtivos locais, dos sistemas locais de inovação. Os objetivos básicos das políticas de desenvolvimento local, dentro da reemergência da questão local/regional, é basicamente a geração de emprego e renda, o aumento da competitividade sistêmica, e a endogeinização do processo de sustentabilidade econômica local, através da transformação do sistema produtivo local, com incremento de sua