Desenvolvimento de São Miguel Paulista
A primeira denominação do bairro foi Aldeia de Ururaí, palavra usada por índios Guaianaz em referência ao rio Tietê. Naquelas terras, em 1560, o padre Anchieta reencontrou um grupo de Guaianaz que havia abandonado as imediações do colégio jesuíta de São Paulo. Uma capelinha foi erguida para marcar a presença cristã na aldeia e dar sequência à catequização dos índios. A construção levou o nome do arcanjo de devoção de Anchieta. Era o início da história de São Miguel Paulista. Em 1622, a pequena igreja foi substituída pela Capela, tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional no ano de 1938.
A história de São Miguel Paulista, bairro no extremo leste da cidade, passa pela praça que, oficialmente, tem nome de um religioso, e, popularmente, de um estilo musical brasileiro. É a Praça Padre Aleixo Monteiro Mafra, mais conhecida como Praça do Forró. Além de conter a Capela de São Miguel Arcanjo, reconstrução da igrejinha que foi o marco do bairro em 1560, a Praça também foi palco de muitos shows nas últimas décadas e de manifestações do Movimento Popular de Arte de São Miguel Paulista, criado no final da década de 70 por um grupo de amigos (Edvaldo Santana, Osnofa, Sacha Arcanjo, Akira Yamasaki e Zulu de Arrebatá, entre outros) interessados numa “política visionária de transformação provocada pela inquietação”.
Outra referência na região é a fábrica da Companhia Nitro Química Brasileira, a primeira do mercado nacional de Nitrocelulose, seu principal produto. Implantada em 1935 na avenida Dr. José Artur Nova, a Nitro Química teve papel de destaque no desenvolvimento de São Miguel. Em 70 anos, empregou milhares de trabalhadores e, juntamente com as olarias e fábricas de cerâmicas, contribuiu para o crescimento do bairro na primeira metade do século XX, atraindo centenas de pessoas à procura de emprego. A Nitro é ainda um dos estabelecimentos de São Miguel que mais oferecem vagas de trabalho: com 401 funcionários, é