Desenvolvimento de componente automotivo
Do desejo do cliente às especificações técnicas
Júlio Enrique Gazzinelli Peralta
(juliogape@gmail.com)
Marcelo Mourão Costa Espíndola
Carla Julio da Silveira Brizon
Coordenação de curso de Engenharia Mecânica
Resumo – Neste trabalho será feita uma análise sobre a metodologia que ampara o desenvolvimento técnico de um carro, de modo que o produto atenda as necessidades e expectativas do cliente. Juntamente com a análise, será exemplificado o desenvolvimento de um sistema de freios, na qual as referências qualitativas do cliente adquiridas através da metodologia, irão orientar ao setor de engenharia a dimensionar um componente que deverá atender aos objetivos. Os resultados positivos representam uma diferenciação mercadológica ao veículo.
Palavras-chaves Produto, Desenvolvimento, Casa da qualidade, Clientes, Sistema de freios.
I. Introdução Em 1913, quando Henry Ford iniciou a produção do seu famoso “Model T” através de uma produção em série onde os componentes estandardizados eram montados ao veículo em um processo padronizado, nasceu um novo modo de concepção do carro: Ele passava a ser um meio de transporte relativamente barato, simples e rápido podendo ser consumido em escala global. Justamente no inicio do XX, nascem as grandes montadoras mundiais, muitas destas ainda presentes no mercado automotivo[1]. Junto da produção e consumo em massa, a concorrência entre as grandes montadoras se acirra cada vez mais ao longo do século na medida que o consumidor passa a ver o carro com outros olhos: Ele passa de um simples modo de locomoção, para um objeto de status e diversão onde componentes e sistemas estéticos, de conforto, e segurança, passam a ser considerados elementos básicos pelos consumidores. Na medida que o nível de exigência sobre o conteúdo dos carros se torna cada vez maior, fica claro para os grande grupos automotivos que entender, e se possível antecipar, os desejos dos clientes