Desenhos Epidemiológicos
Os Estudos Epidemiológicos dependendo do desenho escolhido, para sua condução se enquadram nos dois ramos da Epidemiologia:
Epidemiologia Descritiva - Descrição da freqüência e distribuição do agravo na população estudada, feita de acordo com os atributos que interessa estudar; a formulação da hipótese é feita após os conhecimentos adquiridos com o levantamento de dados, que apontam para uma suposição causal.
Epidemiologia Analítica - É a verificação da comprovação da veracidade da relação aventada; faz a análise estatística dos dados obtidos pela comparação e/ou experimentação.
Apesar dos dois ramos serem bem definidos, ou seja, enquanto a Epidemiologia Descritiva se limita a dissertar e descrever como o agravo se distribui na população e a Epidemiologia Analítica a analisar como e de que forma o agravo atinge a população, existem situações em que, durante a condução de um Estudo Epidemiológico, ocorra a tentação de se considerar um modelo de misto Descritivo/Analítico.
Dessa forma, toma-se necessário tomar cuidado e ceder a essa tentação.
É corrente, entre pesquisadores, considerar a Descritiva e a Analítica como duas fases distintas de um Estudo Epidemiológico. Essas situações de realização de estudos completos são menos comuns.
Na maioria dos casos os Estudos Epidemiológicos se limitam a uma área, Descritiva ou Analítica. Quando o custo é um limitador na abrangência do Estudo Epidemiológico, é preferível escolher os Descritivos.
A escolha do desenho de estudo é um dos pontos metodológicos da maior importância no planejamento da pesquisa que, além de estar intimamente relacionado com a natureza da questão, sofre a influência de diversos outros fatores; isto abrange:
1) os recursos financeiros disponíveis,
2) o tempo disponivel
3) a prevalência dos fatores de exposição - e um fator de exposição raro (irradiação) ou comum (o colesterole)
4) a freqüência do evento - que doença que eu estou estudando? E um evento raro,