Desemvolvimento
Os peroxissomos são organelas membranosas presentes no citoplasma das células vegetais e animais, formando vesículas arredondadas, cuja função está relacionada ao armazenamento de enzimas que catalisam o peróxido de hidrogênio (água oxigenada - H2O2), uma substância tóxica que necessita ser degradada.
Dessa forma, a enzima catalase reage com o peróxido de hidrogênio produzindo água (H2O) e oxigênio molecular (O2).
Representação da reação de oxidação:
2 H2O2 + Enzima Catalase → 2 H2O + O2
Nos vertebrados, os peroxissomos, numerosos principalmente nas células de órgãos como os rins e fígado, ocupam cerca de 2% do volume celular hepático. Nesses órgãos, realiza a desintoxicação do organismo, oxidando substâncias absorvidas do sangue.
Problemas decorrentes da ausência dessa organela ou síntese anômala correlacionada à disfunção genética podem causar doenças metabólicas crônicas envolvendo diversos órgãos e sistemas orgânicos, como por exemplo, a síndrome de Zellweger: doença congênita interligada aos rins, ossos, fígado, cérebro e glândula adrenal, alterando todo o funcionamento corpóreo.
Os peroxissomos também estão envolvidos na produção de ácidos biliares sintetizados no fígado. Nos vegetais são importantes reguladores do processo germinativo, convertendo os lipídios armazenados nas sementes em açúcares.
Caracterização:
Os peroxissomas foram descritos, pela primeira vez, por Rodhin (1954), em células de rato, sendo então designados por "microbodies". Contudo a sua caracterização bioquímica ficou a dever-se a De Duve e colaboradores. Em 1966, De Duve propôs a designação de peroxissoma em substituição de "microbodies", salientando a existência simultânea de duas classes de enzimas: oxidases produtoras de peróxido de hidrogénio (água oxigenada) e catalases. Posteriormente, os peroxissomas foram identificados em diversas células animais e vegetais.
Os peroxissomas (Px) formam-se a partir do retículo. Encerram oxidades e catalases, as