Desemprego estrutural e globalizaçao
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Nas últimas décadas, vêm ocorrendo acentuados avanços tecnológicos nas áreas da eletrônica, computação, robotização, comunicações, inclusive via satélite, dentre outras. A presença de fax, do computador e de outros dispositivos tecnológicos transformaram a vida das pessoas, das famílias e das empresas. Despontou o sério problema da globalização, que há 10 anos parecia ser a solução dos problemas econômicos mundiais. Ledo engano. A globalização tem como características essenciais a alta produtividade, a alta qualidade dos produtos, o baixo custo e o elevado grau de consumo. Infelizmente, em decorrência desse processo, adveio uma conseqüência nefasta e, até certo ponto, inesperada que foi o desemprego estrutural. Os teóricos da globalização imaginavam que as novas tecnologias fossem capazes de absorver ou de evitar o desemprego estrutural, que em alguns países evoluídos da Europa, como Alemanha, França, Itália e Inglaterra assume proporções alarmantes. Na Inglaterra, país que na atualidade passa por bons momentos econômicos, surgiu uma aldeia habitada pelas vítimas do desemprego estrutural, muitas delas com salário-desemprego, e que praticam a economia negra ou informal. São grupos de técnicos de diferentes níveis superiores, como médicos e advogados e de profissionais de outras áreas, como mecânicos, eletricistas, barbeiros e outros, que trocam serviços entre si, com emissão de vales, sem circulação de moeda, à semelhança do que já ocorreu na Idade Média. Na Argentina, outra vítima da globalização desenfreada e de erros políticos imperdoáveis, também se deu o mesmo processo recentemente.
Há necessidade premente de uma revisão do processo globalizante e neoliberal que está destruindo os empregos e criando sérios problemas para a estabilidade das famílias e da sociedade, e com sérias repercussões sobre a infância e a adolescência. Está faltando o aspecto humanitário no processo globalizante, conforme se tem discutido no Fórum Social Mundial realizado no Brasil, em