desemprego estrutural e globalização
Elementos como o desemprego estrutural e a desigualdade de situações de trabalho vêm alterando significativamente as bases de solidariedade, com repercussões decisivas no plano associativo. A nova cena produtiva dificulta a dinâmica associativa e inibe a tendência reivindicativa, desafiando os sindicatos a alterarem sua agenda histórica, de modo a produzir novas estratégias de ação e, principalmente, repensarem o próprio lugar dos sindicatos, sua essência, funções, representantes e objetivos específicos em uma sociedade em que o trabalho aparece em novo formato. As discussões sobre os sindicatos, sobre o fato sindical, nos leva a pensar sobre as consequências de sua redefinição para o processo de construção da cidadania e da democracia em nosso país, onde sindicalistas reúnem-se com deputados, distribuindo fartamente Uísque doze anos e espumante da melhor qualidade em festinha promovida em agradecimento aos mesmos, por aprovarem a não prestação de contas de gastos destes, muito embora eu não participe ativamente de nenhum sindicato, movimento sindical, pelo que venho observando há muito tempo, a configuração destes anda pendendo mais para o lado dos patrões, da classe dominante, dos interesses particularistas, dos políticos do que para o lado do trabalhador sindicalizado. Alguns autores consideram que o desemprego estrutural e a precarização do trabalho se traduzem politicamente na deterioração das possibilidades de construção da cidadania. O desemprego é a causa eficiente da crise sindical segundo alguns destes autores; pois, é o causador da competição no mercado de trabalho e elemento subjetivo da fragilização das instituições de representação da classe trabalhadora, dentre outras consequências do mesmo. O crescimento do desemprego, da precarização, da informalidade e a diversidade e disparidade de contratos de trabalho acabam com a possibilidade de uma efetiva solidariedade de classe, fragilizando não só