A África é o segundo continente mais populoso da Terra, atrás da Ásia com cerca de 900 milhões de habitantes em 53 países. Em nenhum outro lugar do mundo o problema da fome, do descaso é tão disseminado quanto lá. Pelo menos trinta países africanos são duramente atingidos pela fome, sobretudo aqueles localizados em torno do deserto do Saara. Por isso, não raro a fome no continente africano é associada à aridez do clima e à irregularidade das chuvas. As adversidades climáticas, entretanto, somente ampliam a miséria de milhares de africanos, que vivem abaixo das condições mínimas de sobrevivência. Outro problema é o descompasso existente entre o enorme crescimento populacional e o reduzido crescimento, ou mesmo estagnação, da agropecuária. Apesar das elevadas taxas de mortalidade infantil e geral, da ineficácia dos serviços de saúde e das inúmeras doenças, a população africana cresce em níveis muito altos. A fome no continente africano não é causada pela falta de alimento, e sim porque a população não tem acesso a ele, pois como todos sabem, a renda está concentrada na mão de poucos. A falta dos os recursos provenientes de campanhas que não chegam a seu destino, pois a rede de transportes e demais serviços de infraestrutura, politica, social e econômica extremamente precários fazem com que parte dos alimentos enviados não alcance as populações mais isoladas. Entretanto, basta perceber que cerca de 80% das crianças com fome na África vivem em países onde há excedentes alimentares, ou até mesmo que 20% dos alimentos produzidos têm como destino a alimentação animal em decorrência disso muitas pessoas e famílias passam necessidades. Grandes países como Sudão, Mauritânia, Líbia e Egito, mantem uma economia extremamente poderosa sem se importar com as condições miseráveis de seus países vizinhos sem influir com sua fraternidade africana.