Descartes E O Racionalismo
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Descartes e o Racionalismo – Obj 2 René Descartes, considerado o primeiro filosofo moderno, estudou no Colégio de la Flèche dos jesuítas, “uma das mais celebres escolas", no qual saiu com muitas dúvidas e indecisões. Passou a estudar na Universidade de Poitiers e verifica que também o conhecimento transmitido por aquela instituição era vazio, estava superado e representava um estorvo diante das novas descobertas. Tomado pelas dúvidas, Descartes volta-se para “o grande livro do mundo”: viaja pela Europa, onde observa o fervilhar de ideias novas e as disputas de cientistas e intelectuais. Alistado no exército, depara-se de perto com os conflitos disseminados na Europa, envolta em um clima de ceticismo, ou seja, na inexistência de critérios universalmente validos para estabelecer a verdade. Assim, diante da multiplicação das ciências, das mudanças, das dúvidas e das incertezas do mundo de então, Descartes resolve consagrar a sua vida a encontrar um inabalável fundamento racional aos novos conhecimentos e a reunir em um edifício unitário as novas ciências. Está convencido, de fato, que a revolução cientifica deve revolucionar também o modo de pensar a filosofia. Para se orientar em meio a multiplicidade das opiniões e dos costumes, Descartes está convencido de que precisa encontrar dentro de si a base do conhecimento e aprender a usar bem a razão para evitar erros e fáceis enganos:” Nunca aspirei a nada mais elevado do que reformar as minhas próprias opiniões e dar-lhes como base fundamentos inteiramente meus” Segundo ele, para chegar a alguma certeza é necessário “reduzir gradualmente as proposições complicadas e obscuras as mais simples e, em seguida, partindo das intuições mais simples, elevar-nos pelos mesmos degraus ao conhecimento de todas as outras. Até Descartes a filosofia se ocupava do ser e considerava a mente capaz de representa-lo. Mas, ao revelar os limites e os enganos dos antigos, as modernas descobertas desacreditavam o conhecimento do passado e