Desapertar
Chegou para nós e para todo o mundo uma festa anual bastante importante e, claro, não podemos passar esta data sem falar dela. Refiro-me de forma clara ao Dia dos Mortos, que teremos amanhã*. É necessário, pois, que esclareçamos alguma coisa sobre os mistérios da vida e da morte.
Antes de tudo, meus caros irmãos, vocês sabem muito bem que o caminho é bastante difícil. Jesus Cristo falou-nos do caminho secreto quando disse: “Estreita é a porta e apertado é o Caminho que conduz à luz e são bem poucos os que o acham”. Hermes Trismegisto, o três vezes grande deus Íbis de Toth, viva encarnação do deus Osíris, legou-nos a maravilhosa Ciência da Alquimia. Na Idade Média, essa ciência passou do mundo árabe para as terras da Europa. Então, por todas as partes se despertou o entusiasmo pela Arte Hermética.
Nessa doutrina de Hermes estão contidas, tanto em essência como em potência, as chaves máximas e o conhecimento puro que nos permite percorrer o estreito caminho do qual nos falou Jeshua ben Pandirah, Jesus Cristo.
Bem sabemos que o Grande Cabir, em sua passada existência, antes de cumprir a missão que desempenhou na Terra Santa, foi Josué**, filho de Nun.
Indubitavelmente, muitos são os chamados e poucos os escolhidos. Certamente, pode-se contar nos dedos da mão aqueles que mantêm a continuidade de propósitos até chegarem à meta.
Felizmente, temos o corpo da doutrina, os princípios, os fundamentos, que, devidamente estudados e vivenciados, nos permitirão de fato e por direito próprio percorrer a Senda do Fio da Navalha. Aqueles que nos trouxeram a doutrina foram sempre grandes Avataras, cristalizações Logóicas… Não é possível conceber um mensageiro que venha do Alto senão como uma emanação, cristalização ou manifestação do Logos em nosso mundo.
Tendo-se, pois, as bases, é necessário trabalhar. Somente assim será possível chegar à libertação final. Indubitavelmente, meus caros irmãos, a espécie humana está submetida à Lei do Eterno