Desafios da orientação profissional
Mariane Darui Copetti
“Ajudar o adolescente a definir e planejar seu futuro não é, por acaso, contribuir para que cresça superando a crise vital implícita na escolha da carreira? Não é ajudar um homem a nascer?”
Rodolfo Bohoslavsky
Busco, através deste artigo, provocar uma reflexão sobre alguns aspectos referentes à questão da Orientação Vocacional na Escola. O ponto de partida desta discussão foi à realização da minha prática como psicóloga escolar com os alunos do Ensino Médio no Colégio Evangélico Rui Barbosa, a partir do desenvolvimento de trabalhos e das inquietações surgidas no grupo de Orientação Vocacional. Tradicionalmente a idéia de psicologia clínica está associada ao psicoterapeuta que atende individualmente em um “setting” específico, que implica em procedimentos próprios de cada linha psicoterapêutica. Porém, o psicólogo clínico tem espaço para atuar em qualquer “setting” ou contexto, dependendo apenas de adequar suas técnicas aos objetivos que a situação requer.
Segundo Bohoslavsky (2003), em muitos países os psicólogos clínicos são considerados como classe de profissionais que trabalham em clínicas gerais, instituições de reeducação, ou em consultórios particulares, dedicados á tarefa de diagnosticar distúrbios de comportamento em seus diversos graus e – eventualmente - à sua superação mediante o “conselho”, o aconselhamento ou a psicoterapia.
Esta definição coincide com a de F. Ulloa (citado por Bohoslavsky,2003, p.14):
“O psicólogo clínico é alguém especificamente treinado no manejo da informação psicológica, através do método clínico, que o capacita a envolver-se na condição de uma área de relações humanas, de onde pode detectar os pontos de urgência de tal situação, que lhe permitem diagnosticar a ação crítica e resolvê-la (...) possibilitando a alteração mais adequada e prevenindo as dificuldades na adequação à mudança obtida. Para tanto, trabalha