Desafio de ciencias sociais
Etapa 5 - Passo 1
Política Fiscal
Venda de Dólares, com o Objetivo de Estancar a sua Valorização. Entrada do Banco central no mercado cambial. Dólar tem maior alta desde a crise de 2008 e fecha a R$ 1,865. A instabilidade provoca insegurança nos negócios, especialmente no comércio internacional. O setor privado não esperava mais por esse movimento e não criou mecanismos de defesa contra o câmbio valorizado.
Se a reviravolta do mercado de câmbio não for um ponto fora da curva como na crise de 2008, as empresas vão sofrer com a alta dos insumos importados e das despesas financeiras em dólar. Companhias relatam que os custos já estão subindo à medida que faturam os insumos nos portos. Até agora, optaram por absorver a alta dos custos com redução do lucro, mas, se o real ficar acima de R$ 1,80, os reajustes serão incontornáveis, com consequências para a inflação.
A indústria brasileira se tornou estruturalmente dependente de insumos importados, num processo que começou na década de 90, mas se intensificou nos últimos sete anos". A participação dos importados no consumo de bens industriais saiu de 10,5% em 2003 para 20,4% em 2010. Com essa mudança, variações bruscas do câmbio desorganizam os negócios.
Outro fator é o endividamento. Com o peso do real forte, o setor privado se endividou em dólar. A dívida externa do setor privado saltou de R$ 160,5 bilhões em 2007 para R$ 346,9 bilhões em agosto deste ano, segundo o Banco Central. Nos últimos dias, empresas correram para fazer "hedge" (proteção) no mercado financeiro, evidenciando sua vulnerabilidade.
O economista David Kupfer diz que a queda do real impacta imediatamente nos custos, mas o problema pode ser amenizado por exportações mais rentáveis. Ele afirma que as empresas brasileiras desenvolveram flexibilidade para fazer o caminho contrário e buscar fornecedores locais, mas o processo dura cerca de um ano. "Por isso, é importante que a desvalorização não seja