Derramamento de petróleo da British Petroleum
O derramamento de petróleo no Golfo do México é o pior acidente ambiental causado por óleo nos Estados Unidos. Alguns especialistas previram o apocalipse, projetando imagens com 1.600 quilômetros de águas irreparáveis e praias em risco, pesca prejudicada por várias temporadas, espécies frágeis extintas e uma indústria economicamente arrasada por anos.
O presidente Barack Obama chamou o vazamento de "um possível desastre ambiental sem precedentes." E alguns cientistas previram que o petróleo poderá se prender na correnteza do golfo, levando a destruição para a Costa Atlântica.
Segundo cálculos do Serviço Geológico, o poço aberto no Golfo do México, cuspiu, em mais de um mês, entre 71 e 147 milhões de litros de petróleo no mar. O problema começou em 20 de abril, com uma explosão em uma plataforma da British Petroleum (BP), que matou 11 pessoas. Ao menos 5.000 barris de petróleo vazavam diariamente no Golfo do México, um volume cinco vezes maior que o estimado previamente.
A empresa British Petroleum, sob intimação do governo dos EUA e declarações do presidente Barack Obama, assumiu as responsabilidades pelo acidente e previamente pela limpeza das águas e regiões costeiras do Golfo do México.
Para conter o vazamento, a BP iniciou uma operação de selamento do poço por meio da injeção de lodo e cimento no dia 26 de maio, algo nunca realizado a essa profundidade – o poço está 1,5 mil metros abaixo do nível do mar. A operação, no entanto, foi suspensa.
Além do grandioso desastre ambiental, o acidente gera perdas nas atividades pesqueiras e no turismo. O governo dos Estados Unidos colocou o atum rabilho do Atlântico na lista ambiental das ‘espécies preocupantes’, afetada em 2010 pelo vazamento de óleo no Golfo do México.
O derramamento de petróleo no Golfo do México podia ser visto do espaço. Imagem do satélite Envisat, da Agência Espacial Europeia (ESA), mostra o petróleo que foi derramado no Golfo do México.