Depuração das Águas
Algumas substâncias biológicas ou químicas lançadas em corpos de água podem ser biodegradadas por bactérias da água, mas o problema da poluição consiste na alta demanda de poluentes, que torna mais demorada e mais complexa a degradação desses compostos, pois há também toda uma alteração ambiental da composição da água, como oxigênio, temperatura, pH, dentre outros.
O processo natural de recuperação de um corpo de água que recebe lançamentos de material biodegradável é chamado de autodepuração, que pode ocorrer por processos físico, químico e biológico.
A autodepuração é um processo que cria zonas na água. Nos locais de despejo de poluentes é criada uma zona aquática de degradação, onde as substâncias estão mais concentradas. A dispersão dos poluentes vai depender do tipo de corpo de água.
Em rios e mares a dispersão dos poluentes é mais rápida devido à movimentação da água e sua aeração, ao contrário das águas mais paradas, como lagos e lagoas. As zonas de águbacta limpa são a região onde há maior quantidade e diversidade de microrganismos.
Nas zonas de despejo ou de degradação ativa há uma diminuição de oxigênio dissolvido na água, reduzindo a ação de bactérias aeróbias, mas a densidade de bactérias ainda é alta, embora a diversidade microbiana diminua, resultando em microrganismos mais resistentes aos poluentes que, em geral, são muitos ciliados e poucos flagelados.
Geralmente as espécies encontradas nessas áreas são Sphaerotilus natans, Zooglea ramigera, Beggiatoa Alba, Rotatória neptunia e Oscillatoria prutida. Após a diluição da zona de degradação ativa é criada uma zona de decomposição ativa, onde há um restabelecimento de oxigênio na água, o que aumenta a diversidade microbiana e acelera o processo de decomposição de substâncias.
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