Gênese: Sempre houve pessoas deprimidas. Nas narrativas históricas há indicações de que há três mil anos os sacerdotes egípcios tratavam de uma doença que eles ainda não haviam conseguido definir, mas cuja descrição se aplicava exatamente do caso da depressão: os sacerdotes observaram que depois de uma perda as pessoas sofrem de certo abatimento bastante duradouro e que pode voltar em determinadas fases da vida. Hipocrates foi o primeiro a atribuir doenças psíquicas aos distúrbios do cérebro e o primeiro a descrever o fenômeno da “mania” e da “melancolia” descrição que tem validade ainda em nossos dias. Portanto a depressão não é um fenômeno novo. Em todas as épocas houve pessoas acometidas pela melancolia e que, desesperadas buscam ajuda e esclarecimento. A teoria cognitiva da depressão parte do fato de essas estruturas mentais terem sido formadas por experiências passadas, que se transformam em “esquemas de pensamentos”. Esses esquemas, em geral se transformam com a idade e a experiência de vida, de sorte que os esquemas “mais primitivos” são substituídos por estruturas mais amadurecidas de pensamento. Segundo a teoria de Aaron Beck, esses padrões de pensamento criados durante a infância nunca são esquecidos. Assim, pode acontecer de eles serem outra vez ativados por experiências perturbadoras da vida. É possível que uma pessoa reaja com uma forte depressão a uma separação, porque ela foi abandonada anteriormente pelo pai ou pela mãe, e esse abandono anterior estabelece uma correção com o abandono atual. E o “modo de pensar” dessa pessoa: “Todos me abandonam, estou completamente só neste mundo”, vem outra vez à baila por causa da separação de um companheiro. A depressão começa com sentimentos comuns de tristeza a qual pode ser por si só, sua essência. É comum que a pessoa deprimida não tenha consciência de seus sentimentos, mas que identifique alguma coisa como errada e perceba sensações físicas, tais como opressão no coração