Depressão
Muitos de nós, com certeza, já ouvimos falar na famosa doença do século XXI: a depressão. E essa patologia tem sido algo presente na vida de muitas pessoas. Embora seja uma doença comum, a moléstia carrega estigmas que dificultam seu diagnóstico precoce e a adesão ao tratamento adequado. E é exatamente essa resistência a principal dificuldade em se buscar o auxílio necessário para reverter o quadro. A depressão é um distúrbio afetivo que acompanha a humanidade ao longo de sua história. Segundo a Organização Mundial da Saúde, em uma matéria publicada na revista Veja, cerca de 350 milhões de pessoas no mundo sofrem de depressão e no Brasil esse número passa para uma em cada dez pessoas, sendo ela, atualmente, a quarta causa de incapacidade no mundo e deverá ser a segunda até 2020, segundo a estimativa da OMS. A depressão pode surgir em qualquer fase da vida, desde a infância até a terceira idade. É uma doença tão comum que estima-se que 12% dos homens e até 25% das mulheres apresentarão algum grau de depressão ao longo de suas vidas, sendo ela duas vezes mais comum em mulheres que homens e mais comum em adultos jovens do que em idosos.
O QUE É DEPRESSÃO? A depressão foi uma doença muito mal compreendida durante décadas, o que levou a interpretações equivocadas sobre suas causas e sintomas, provocando uma estigmatização dos seus portadores. Até hoje é comum encontrarmos pessoas deprimidas que não aceitam o seu diagnóstico ou familiares/amigos que tratam o paciente deprimido como alguém mentalmente fraco, incapaz de superar as dificuldades da vida. Não se deve tratar o paciente deprimido como alguém simplesmente triste, incapaz de reagir. Segundo o Dr Dráuzio Varella, “a depressão é uma doença psiquiátrica, crônica e recorrente, que produz uma alteração do humor caracterizada por uma tristeza profunda, sem fim, associada a sentimentos de dor, amargura, desencanto, desesperança, baixa autoestima e culpa”. Mais do que apenas um ataque de