Depressão
O estudo da adolescência remete à discussão que a psicologia trava em torno das teses de filiação organogênica e de filiação sociogênica, em busca de explicação para o comportamento humano. (p. 26)
Não há, portanto, como separar o biológico do cultural. Não se trata de fundir duas teses de princípios opostos, mas de defender uma terceira, que propõe a superação da dicotomia entre o biológico e o social. (p. 26)
No entanto, há um desconhecimento ou certa desconsideração dos diversos significados emprestados à adolescência pelos múltiplos grupos sociais que compõem uma sociedade de classe, o que contribui, a meu ver, para essa concepção a-histórica e idealizada da adolescência. (p. 27)
Dessa forma, parece-me possível pensar a adolescência enquanto categoria social relacionada a outras categorias. (p. 28)
São diversas as famílias teóricas no interior da psicologia que se ocupam da adolescência. Uma delas é a psicanálise. (p. 28)
Erikson (1971) considera que cada fase do desenvolvimento humano tem suas próprias crises. Dos eu ponto de vista, a puberdade encerra a infância e traz o sujeito humano para a próxima fase, a adolescência, que se desenvolve em torno da definição da identidade. A adolescência termina na fase seguinte, chamada de “idade adulta jovem”, a que o sujeito humano chega com uma definição de identidade composta de três elementos: a identidade sexual, a identidade profissional e a identidade ideológica. (p. 31)
A identidade é entendida como processo de construção, que conserva e transforma aquisições da etapa anterior. As fases do desenvolvimento da identidade são marcadas por etapas que se sucedem até que completem o ciclo vital. (p. 30)
As transformações impostas pela puberdade são vividas com uma perda do próprio corpo. (p. 32)
Knobel considera que o adolescente exibe