Depressão: o mal nosso de cada dia
Depressão no dia a dia [compartilhandomeudia.blogspot.com] Resumo O ensaio trata do mal-estar que assola nossa sociedade que vive sob a “ditadura da felicidade” propagada pela mídia. Esse mal que ganhou status de doença é a depressão. Situações corriqueiras que podem gerar tristeza ou apatia devem ser evitadas a todo custo e, para isso, um forte aliado são os mais variados medicamentos. Mas, o que vem a ser a depressão? Qual a sua historicidade? É uma doença de ampla classificação? Como é vista pela Psiquiatria? Como é tratada pela Psicanálise? Qual a sua relação com o luto e a melancolia? Essas são questões que se pretende responder ao longo desse trabalho realizado a partir de pesquisa bibliográfica em periódicos eletrônicos e artigos científicos, que nem de longe intentam fechar a discussão sobre essa que designa tanto um estado de tristeza quanto um sintoma, uma síndrome, ou outras doenças. Introdução A pós-modernidade, acompanhada pela Globalização e pelo boom tecnológico, transformou-nos em excessivamente consumistas e acelerados. O consumo metamorfoseou tudo em mercadorias e, as 24 horas de um dia, em minutos que precisam ser vividos intensamente. Somado à celeridade e ao consumo excessivo, a mídia vem propagando a “ditadura da felicidade” dizendo-nos, diuturnamente que consumindo esse ou aquele produto seremos felizes. Situações corriqueiras como a perda de um ente querido, a frustração diante de uma negativa, decepções com um amigo (a), a ansiedade e angústia diante da possibilidade de uma promoção no trabalho, enfim, sentimentos próprios da condição humana, têm sido rotulados como anomalias que precisam ser extirpadas de nosso corpo e ser a todo custo. O mal-estar ganhou status de doença.
Chamada de depressão, de acordo com o último relatório da Organização Mundial de Saúde – OMS, essa doença está em quarto lugar “entre as principais causas de ônus entre as doenças