Depressão - Os depridos
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Todos nós já convivemos com a nossa depressão, seja por ho ras, dias, meses ou anos. A maior parte de nós tanto entramos, como saímos da depressão, com relativa facilidade, utilizando os nossos recursos próprios, quase sempre de maneira automática. Assim, va mos supor uma moça que perde o namorado e, compreensivelmente, fica deprimida. Ela poderia arranjar um outro namorado e esquecer o anterior, ou buscar outras atividades para substituir a ausência dele. Poderá criticar o ex-namorado, taxando-o de estúpido e ignorante, e com isso sentir até um certo alívio pelo rompimento, ou usar várias outras técnicas disponíveis para cada um de nós. Rapidamente a nos sa amiga estará bem e suas emoções normalizadas.Vamos supor, agora, em outro extremo, uma pessoa que não utilizou seus recursos para combater a depressão. Nesse caso, a nossa amiga, ao perder o namorado, vai, pouco a pouco ou rapidamente, caminhando para aquele estado e várias partes dos seus sistemas aca bam sendo atingidos, contaminados.
Ela pode, por exemplo, faltar ao serviço, perder o sono, alimen tar-se mal, passar a não se cuidar, agredir as pessoas ao seu redor afastando-as do seu convívio, etc. Desse modo, diversas atividades saudáveis vão deixando de ser fonte de alegria, transformando-se em problemas difíceis de resolver, ou em processos dolorosos. Cada novo problema que aparece, ou cada disfunção ocorrida, necessariamente aumenta a impotência de nossa amiga, vai-lhe criando uma imagem cada vez mais negativa de si mesma e, simultaneamente, uma fantasia altamente pessimista acerca do mundo ao seu redor e dos meios de abordá-lo. Formou-se uma cadeia cada vez mais difícil de ser quebra da. Poucos são os aspectos positivos em sua vida e estes vão inexora velmente sendo minados e transformados também em sofrimento e problemas. Nesse ponto a nossa amiga encontra-se já mergulhada em sua depressão, totalmente dependente de outras pessoas e não mais dos seus próprios recursos.
Para o deprimido, o mundo é