Deposito de Cobre de Camaquã, RS
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Os depósitos minerais do Distrito de Camaquã (Fig. 163), localizado na porção centro-sul do Rio Grande do Sul, são associados a conglomerados e arenitos do tipo Red Beds, pertencentes ao Membro Vargas, da Formação Arroio dos Nobres, do Grupo Bom Jardim (Ribeiro et al, 1966) e depositados em um sistema de leques aluviais costeiros, ao fim da orogênese colisional Dom Feliciano (630-600 Ma), numa bacia molásica, limitada por falhas NE, com vulcanismo riolítico, dacítico e andesítico do Membro Hilário na base. O Grupo Bom Jardim é recoberto em discordância angular pelos sedimentos, também do tipo Red Beds da Formação Guaritas, à qual é associado vulcanismo do Membro Rodeio Velho, datado em 470 Ma por Hartmann et al (1998), o que implica uma evolução da bacia compreendida entre 600 e 470 Ma. A noroeste da bacia foram evidenciadas diversos granitos de natureza calcialcalina e shoshonitica, denominados Lavras, Caçapava e São Sepé, os quais foram datados entre 590 e 560 Ma (Remus et al 1999). O Distrito de Camaquã compreende três tipos de mineralizações (Fig. 164):
A) A mineralização filoniana, descoberta em 1865, e intensamente explorada até 1996 nas minas de Camaquã, denominadas São Luiz (subterrânea) e Uruguai (subterrânea e a céu aberto), as quais têm produzido por volta de 398 Mt de minério com 1,06 % de Cu, 0,2 g/t Au e 8 g/t Ag (Teixeira e Gonzalez, 1988: Remus et al 1999). Foi estudada por Bettencourt (1976), Ribeiro (1991), Remmus et al (1999) e Ronchi et al (2000), que definiram seu modo de ocorrência como, veios, filões e filonetes que formam, às vezes, um verdadeiro stockwork orientado segundo as falhas de direção NW, e são envolvidos por halos de alteração hidrotermal composta por cloritização, sericitização e silicificação. Foram identificadas as paragêneses pirita-calcopirita-quartzo e bornita-calcocita-hematita-barita-calcita.
B) A mineralização disseminada nos arenitos e nos conglomerados do Membro Vargas. * Mineralização de cobre ao redor das minas