Dengue
A etiologia viral do dengue foi determinada em 1906, quando Ashburn e Craig encontraram um agente infeccioso filtrável no sangue humano. Bancroft descreveu a transmissão do dengue pelo A. aegypti em 1906. Posteriormente, Siler et al. (1926) e Simmons et al. (1931) conseguiram transmitir a doença em voluntários. Importantes investigações realizadas por Sabin e Schlesinger, durante a segunda guerra mundial, resultaram no isolamento dos dois primeiros sorotipos do vírus do dengue, em 1944 (os sorotipos l e 2). Na década de 50, Hammon et al. (1958) isolaram mais dois sorotipos (os sorotipos 3 e 4) quando estudavam a epidemia do dengue hemorrágico ocorrida em Manila (Filipinas), em 1956.
Sabe-se hoje que o agente etiológico do dengue é representado por um complexo de quatro sorotipos de vírus de RNA de fita positiva simples da família Flaviviridae, gênero Flavivirus, todos causando a mesma síndrome clínica. São eles: o Dengue-1 (DEN-1), Dengue-2 (DEN-2), Dengue-3 (DEN-3) e Dengue-4 (DEN-4) (Santos et al., 2003).
Cada um desses sorotipos possui várias estirpes diferentes difundidas na mesma região ou em diversas partes do mundo. A importância desses estudos reside na determinação das variações decorrentes de mutações ao longo do tempo, na possibilidade de identificação da origem da estirpe envolvida em processos epidêmicos específicos, bem como na tentativa de estabelecer possíveis relações