Dengue
Rachel Lowe, do Instituto Catalão de Ciências do Clima, em Barcelona, que ajudou a desenvolver o sistema de alerta, disse que a possibilidade de um surto durante o Mundial, amplo o suficiente para infectar turistas, irá depender de uma combinação de fatores.
Entre eles estão uma grande quantidade de mosquitos, uma população suscetível e uma alta taxa de contato entre mosquitos e humanos, afirmou ela.
“Nosso objetivo foi usar as evidências disponíveis de previsões de chuvas sazonais e temperaturas em tempo real, dinâmicas de transmissão e variáveis sociais e ambientais e combiná-las com o que há de mais avançado em mapeamento e modelos matemáticos para produzir estimativas de risco para as 12 cidades-sede”, declarou.
Os resultados, publicados na revista "The Lancet Infectious Diseases" nesta sexta-feira (16) (madrugada de sábado na Grã-Bretanha), mostraram que o risco geral de uma epidemia é baixo em Brasília, Cuiabá, Curitiba, Porto Alegre e São Paulo, mas aumenta no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte, Salvador e Manaus.
As cidades com o maior risco são Natal, Fortaleza e Recife, disse Lowe.
“A capacidade de fornecer alertas preventivos de epidemia de dengue no nível da microrregião, com três meses de antecedência, é de valor inestimável para reduzir ou conter uma epidemia e dará tempo às autoridades locais para combater as populações de mosquitos nestas cidades com chance maior de um surto de dengue", afirmou a cientista.
Essa nova projeção destoa da previsão feita por pesquisadores da USP que concluiu que no máximo 59 turistas estrangeiros devem ter dengue durante a Copa. Também segundo o Ministério da Saúde, o número de casos de dengue deve cair até o início da Copa do Mundo. O evento