Dengue
Rio Pequeno, na zona oeste, lidera o ranking, com 232 moradores doentes, ou 195,8 casos para cada grupo de 100 mil habitantes. Taxa muito superior à média da cidade, que é de 21,8. Cangaíba, na zona leste, vem em seguida, com 85,6 casos a cada 100 mil moradores.
Em ambos os exemplos, a notificação da doença cresceu muito. Em 2012, nem Rio Pequeno nem Cangaíba figuravam como locais com sinal vermelho. O alerta foi aceso neste ano, quando a alta superou 1.440% e 2.213%, respectivamente. Na contramão, bairros como Liberdade, no centro, e Casa Verde, na zona norte, tiveram uma redução significativa do número de casos nos primeiros sete meses do ano.
Cíclico. Parte da explicação está no caráter cíclico da doença. A dinâmica da dengue mostra que um processo epidêmico ocorre a cada três ou quatro anos. A chegada do soropositivo 4 da doença aumentou o risco neste ano. Isso porque um tipo de vírus novo torna a população mais vulnerável. Além disso, pacientes que são infectados pela segunda vez podem apresentar sintomas mais graves, como febre hemorrágica.
Para o pesquisador Esper Kallas, do Instituto de Investigação em Imunologia – Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (iii-INCT), a boa notícia é que o tipo 4 é aparentemente menos agressivo que os demais. “Mas é claro que isso não quer dizer que podemos relaxar com a prevenção, pelo contrário. Ela deve ocorrer o tempo todo, mesmo no inverno, como agora”, afirma.
A Prefeitura ressalta que, apesar de o total de casos ter aumentado, a cidade ainda figura na classificação considerada segura, de acordo com o Ministério da Saúde. Com 11 milhões de habitantes e menos de 100 casos para