Democracia
A República Federativa do Brasil.
Numa democracia, em seu conceito antigo, todos os cidadãos decidiam todas as questões de Estado, 100%.
Numa República, a decisão coletiva foi reduzida a menos de 1%. As eleições a cada 4 anos.
Numa democracia você decide tudo, numa República você só vota a cada quatro anos.
Seu representante decide tudo em seu nome.
Nem tivemos o direito de aprovar, por plebiscito, a Constituição de 1988.
Deputados e senadores que elegemos nunca nos consultam sobre coisa alguma.
Eles nem sabem a quem representam, nem ao menos têm os nossos e-mails.
Sob esse aspecto, nem uma República de fato somos.
Democracias funcionam nas tribos indígenas, ou quando o Estado é enxuto, como era na Grécia.
São tantas as decisões que o Estado precisa tomar que hoje ficaríamos todos presos de terça a quinta-feira em Brasília, decidindo coisas mil.
Tomaram lentamente o poder das nossas mãos, e continuam a chamar esse sistema de “democracia” republicana só para parecer politicamente correto.
Boa parte dos problemas de corrupção, como gastos públicos descontrolados, dívidas externa e interna, juros altos, advém do fato de sermos uma República, não do fato de sermos uma democracia.
Nós não decidimos mais nada, não escolhemos mais nossos médicos, nem os professores de nossos filhos, nem nossos xerifes, nem nossos gestores de previdência, como antigamente.
Numa República, os políticos simplesmente celebram contratos em nosso nome que duram dez, vinte, trinta anos.
Período que vai muito além de seus mandatos constitucionais.
Mas será que um contrato de trinta anos é legítimo, se o mandato constitucional de quem o assinou era de somente quatro anos?
Deveriamos mas eleições para Presidente, Governador e Prefeito eleger quem é o melhor administrador, quem tomará as melhores decisões por nós, e não quem promete mais.
A Lei de