Democracia
As sociedades da Antiguidade se organizavam, em geral, em sistemas monárquicos. Em casos específicos, existiam monarquias teocráticas, com reis cujos cargos eram:
Hereditários;
Escolhidos por uma pequena elite ou
Por meio da usurpação do poder.
Na Grécia as circunstâncias geográficas e a formação de sua sociedade levaram a outras formas políticas. A descentralização caracterizava o mundo grego. Cada cidade-estado era autônoma, e a aristocracia proprietária comandava a administração. As cidades que mais se destacaram foram Atenas e Esparta.
Atenas foi governada por um rei chamado de basilieu. Mas, com o enriquecimento da classe eupátrida o rei foi perdendo o seu poder aos poucos e substituído por um conselho de proprietários. Desenvolveu-se, assim, a oligarquia, governo de poucos.
O acirramento dos conflitos sociais fez com que legisladores, como Drácon, efetivassem o primeiro código de leis. Outro líder importante foi Sólon, que acabou com a escravidão por dívidas.
Clístenes, conhecido como “pai da democracia”, dividiu a cidade em dez tribos, fortaleceu a assembleia popular (Eclésia), aumentou o número de membros do conselho que preparava as leis (bulé) e criou o ostracismo, que são a suspensão de direitos políticos e o exílio de quem ameaçasse a democracia.
Instituiu-se a democracia direta, cujos cidadãos podiam participar diretamente do governo. Na Ágora, uma larga praça no centro de Atenas, o povo se reunia para discutir leis e determinações políticas. Assim, o poder saía das mãos da aristocracia proprietária e era exercido pelo povo. Mas “povo”, para os gregos de então, eram apenas os homens atenienses maiores de 21 anos.
A república romana também se preocupou em evitar que o poder ficasse nas mãos de uma única pessoa. O poder legislativo era dominado pelo Senado, formado por senadores vitalícios e principal instituição do poder romano.
A partir do século XVI, pensadores tiveram novas reflexões