Del rios de Consumo de Becky Bloom
O filme nos mostra que existe uma diferença entre custo e valor. A personagem principal nos mostra que o produto oferecido pela indústria da moda perde o valor depois de comprado. Ele é uma ideia, uma construção ideológica. Os meios de comunicação a fazem acreditar que tudo será melhor se ela adquirir determinado produto, mas, na prática, o que acontece é que depois de adquirido, o produto perde seu valor, frustra o consumidor. E então recomeça o ciclo da necessidade alienada por novos produtos do mercado, a compra e a consequente frustração.
Podemos definir a diferença entre custo e valor como o primeiro sendo o preço associado a um produto para que ele se torne “propriedade privada” e o segundo como o significado simbólico que algo adquire em determinada circunstância. No início do filme, temos o exemplo da echarpe verde associado a um custo em dinheiro; ao final do filme, a echarpe tem um grande valor simbólico para Becky, tendo se tornado um importante elemento da história.
O filme mostra com clareza como o consumismo tão presente em nossa vida cotidiana pode influenciar negativamente um grande número de pessoas, paradoxalmente tornando-se uma necessidade desnecessária.
O poder persuasivo apresentado no filme dá-se por meio das vitrines exuberantes de Nova York, com manequins animados que praticamente chamam, convidam os transeuntes que por ali passam, a entrar e adquirir os produtos oferecidos. Tudo sem contar os anúncios veiculados pela televisão, de queima de estoques de todo gênero, na qual os consumidores, quase se matam para conseguir algum produto, mesmo que este não lhe seja tão necessário, compram somente pelo prazer de consumir. Nota-se um forte apelo emotivo nas propagandas e anúncios, para uma compradora compulsiva são fatais, irresistíveis, afinal “A propaganda é a alma do negócio”, este célebre slogan denota bem tudo o que se passa neste longa.
Pode-se dizer que este filme também mostra os muitos lados