DEFINIÇÃO DE CULTURA
· Cultura não é uma herança que se transmite imutável de geração em geração, é uma produção e construção histórica das relações dos grupos sociais entre si.
· Para analisar um sistema cultural é necessário analisar o contexto sócio-histórico.
· Nascem de relações sociais que são sempre desiguais, resultando nas hierarquias sociais.
· Todas as culturas merecem a mesma atenção, mas isso não significa que todas elas são reconhecidas como de mesmo valor.
· Daí a necessidade de fazer uma análise “polemológica” das culturas: elas se desenvolveram na tensão e, muitas vezes, na violência.
· Nas disputas culturais não é a lei dos mais fortes que está em jogo; por isso, é necessário evitar as interpretações de que o mais forte está sempre em condições de impor sua ordem cultural ao mais fraco.
CULTURA DOMINANTE E CULTURA DOMINADA
· Para Marx e Weber, a cultura da classe dominante é sempre a cultura dominante; ao dizer isso eles não pretendem afirmar que a cultura dominante seja superior e que esta dominasse ‘’naturalmente’’ as outras culturas.
· Na realidade, o que existe são grupos sociais que estão em relação de dominação ou de subordinação uns com os outros.
· Sendo assim, uma cultura dominada não é necessariamente uma cultura alienada e totalmente dependente. O que acontece, é que ela não pode desconsiderar a cultura dominante ao longo de sua evolução – sendo a recíproca verdadeira, ainda que em menor grau.
· Uma cultura dominante não pode se impor a uma cultura dominada como um grupo pode fazê-lo em relação a um grupo mais fraco.
AS CULTURAS POPULARES
Do ponto de vista das ciências sociais, duas teses unilaterais devem ser evitadas:
· MINIMALISTA: defende que a única e “verdadeira cultura” seria a cultura das elites sociais, e as culturas populares seriam apenas seus subprodutos inacabados.
· MAXIMALISTA: defende que as culturas populares