Deficiência Intelectual: Definição, prevalência, etiologia e prevenção.
Definição
A expressão que utilizaremos para falar deste tema, devido ao fato de ser a mais recomendada, é “Deficiência Intelectual”, embora ainda encontremos “deficiência mental” na maioria dos documentos da área. Mas é importante que busquemos alternativas, para superar a conotação pejorativa atrelada ao termo em questão, e identificar mais funcionalmente o tipo de comprometimento encontrado. Uma alternativa pode ser “dificuldades acentuadas de aprendizagem”.
A American Association on Mental Retardation – AAMR (2002) nos traz a definição mais recente de Deficiência Intelectual, sendo aceita internacionalmente: “Trata-se de uma concepção multifuncional, funcional e bioecológica de deficiência intelectual: “deficiência caracterizada por limitações significativas no funcionamento intelectual e no comportamento adaptativo, como expresso nas habilidades práticas, sociais e conceituais, originando-se antes dos dezoito anos de idade” (LUCKASSON e cols., 2002 apud CARVALHO; MACIEL, 2003, p.150)”.
Para qualificar as limitações apresentadas pelo indivíduo com deficiência intelectual, os seguintes parâmetros devem ser observados:
• os padrões de referência do meio circundante, em relação ao que considera desempenho normal ou comportamento desviante;
• a intensidade e a natureza das demandas sociais;
• as características do grupo de referência, em relação ao qual a pessoa é avaliada;
• a demarcação etária do período de desenvolvimento, convencionada nos dezoito anos de idade.
O modelo teórico AAMR (2002) denomina-se multidimensional por conta de mencionar cinco dimensões:
Dimensão I: Habilidades Intelectuais
A inteligência é concebida como capacidade geral, incluindo “raciocínio, planejamento, solução de problemas, pensamento abstrato, compreensão de ideias complexas, rapidez de aprendizagem e aprendizagem por meio da experiência”.
Dimensão II: Comportamento Adaptativo
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