defesa do voto em branco
Votar para algumas pessoas significa apenas a realização de uma tarefa imposta pelo governo à sua população, algo de praxe que na realidade não apresenta um valor vital para a decisão dos rumos de seu país. Essas pessoas muitas vezes são as mesmas que se queixam da insistente presença da corrupção na política brasileira, mas para que essa situação seja ao menos amenizada é necessário que o voto seja feito de maneira consciente e astuta.
Protestos vêm sendo realizados na tentativa de mudar esse cenário de agiotagem implícita. Esses protestos muitas vezes são passeatas em pontos importantes das cidades, confecção de cartazes, e outros, mas principalmente o voto. Uma grande parcela da população está optando por votar nulo, o que para ela trata-se de uma forma de atacar todo sistema político e não apenas membros constituintes desse sistema.
O governo, na tentativa de controlar essa espécie de revolta contra a política, investiu em campanhas publicitárias afim de incentivar a população para que não vote nulo e como dito na própria campanha: “decida o futuro da nação”. Mas, em alguns casos, na visão do eleitor pode ser que não haja nenhum candidato qualificado e com propostas boas o suficiente para assumir o cargo mais de maior significância a nível nacional que é estar à frente de nosso país.
Votar nulo não é ser desinformado ou uma espécie de cidadão fantasma que não opta pelo que quer nem busca as mudanças das quais necessita, mas é uma forma de exigir algo melhor para representar todo o país, porque o que está sendo oferecido não condiz com o que necessitamos ou merecemos. Desse modo, sendo o voto um direito todo indivíduo, este tem o poder de usá-lo como lhe convém. E se o desejo de alteração do cenário político está presente a única maneira eficaz de manifestar-se é, reivindicando melhoras, votando nulo.
Gabriela Gamberini