Defesa De Suzane Von Richtofen
Os advogados de Suzane von Richthofen pedirão a absolvição da jovem baseados em quatro pontos principais da tese de defesa.
O primeiro deles é a alegação de que Suzane era dominada psicologicamente pelo ex-namorado, Daniel Cravinhos. "Suzane foi seqüestrada psiquicamente por Daniel", justificou a assistente de defesa da jovem, Eleonora Nacif. Daniel também foi quem planejou o assassinato dos pais de Suzane, segundo o argumento da defesa.
Durante todo o tempo de explanação dos advogados de defesa, ficou clara a tentativa de mostrar que Suzane era influenciada pelo ex-namorado, que chegou a ser chamado de "mau-caráter" por Eleonora.
"Se a Suzane não tivesse ido ao Ibirapuera e conhecido o Daniel aos 15 anos e 18 meses, hoje ela estaria ao lado de seus pais", afirmou o advogado Mauro Nacif. Os advogados também insistiram que foi por influência de Daniel que Suzane passou a usar drogas.
Além desta tese, chamada de "coação moral irresistível", a defesa também insistiu no ponto de que Suzane teria perdido a virgindade por Daniel. De acordo com os advogados, a jovem era uma menina "inocente" quanto conheceu o namorado, um jovem bem mais experiente do que ela. Apaixonada, Suzane teria ficado dependente do amor de Daniel.
A terceira questão trata da mentira dos irmãos Cravinhos com relação às agressões que jovem teria sofrido dos pais. Cristian e Daniel afirmaram que Suzane havia sido estuprada pelo pai, Manfred. Segundo eles, a mãe da jovem também batia muito nela.
Os advogados afirmaram que, de acordo com Suzane, os irmãos Cravinhos é que sugeriram para que ela dissesse que era estuprada pelo pai. Eles também teriam sugerido que ela dissesse que o irmão, Andréas, sofria atentado violento ao pudor.
Por fim, a defesa afirma que a idéia do assassinato de Manfred e Marísia foi de Daniel. "Alguma pessoa teve essa idéia. Eu vou provar para vossas excelências de que a idéia é de Daniel", disse Nacif. Segundo o advogado, o jovem estava