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Poeta, ensaísta, ficcionista, tradutor e publicitário, nasceu na cidade paulista de Jundiaí, em 1927 e formou-se pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Estréia como poeta em fevereiro de 1949 nas páginas da Revista de Novíssimos, juntamente com os irmãos Haroldo e Augusto de Campos, com os quais também colaborou na Revista Brasileira de Poesia, porta-voz da geração de 45.
Em 1950 publicou seu primeiro livro, O carrossel. Em 1952, ainda com os irmãos Haroldo Campos, fundou o Grupo Noigandres, entrando em contato com os músicos e pintores do grupo Ruptura, ligado ao concretismo. Em janeiro de 1954 leciona em Teresópolis o curso "Raízes da Poesia Moderna", enfatizando as contribuições da literatura européia e americana (Rimbaud, Laforgue, Corbière, Mallarmé, Joyce, entre outros) e colocando criticamente a situação da poesia brasileira.
Entra em contato com músico francês Pierre Boulez e parte para Europa, onde vive até 1956, tendo conhecido vários músicos e intelectuais de vanguarda, dentre eles, Tomás Maldonado e o poeta suiço-boliviano Eugen Gombringer. Quando retorna ao Brasil, propõe a Gombringer adotar o nome "poesia concreta" para a designação dos novos trabalhos que estavam sendo feitos no país pelos poetas concretos como Ferreira Gullar e os participantes do Grupo Noigandres, proposta que foi aceita pôr Gombringaer.
Com o Grupo Noigandres, participa da Exposição Nacional de Poesia Concreta nos museus de Arte Moderna (Mam-SP) e de Arte Contemporânea de São Paulo (Mac-Usp). Faz conferência, juntamente com Oliveira Bastos, no Mam-SP, sobre a nova poesia, e, em fevereiro de 1957, a propósito da edição carioca da exposição, fala na sede da União Nacional dos Estudantes (UNE), em palestra que acirra o debate sobre a arte concreta. Ainda neste mesmo ano publica artigos teóricos no "Suplemento Dominical" do Jornal do Brasil, trabalha como redator publicitário e planejador de lay-outs.
Em 1958 assina o Plano-Piloto para poesia