De Vargas para Dilma
Por Dora Anderáos, Isadora Couto, Nathália Giordano e Rafaela Marchetti
No dia 22 de julho de 1935 – durante o governo de
Getúlio Vargas - foi ao ar o noticiário radiofônico “A
Voz do Brasil”. Inicialmente tinha o nome de “Programa
Nacional” e era apresentado pelo locutor Luiz Jatobá, mas desde aquela época, a música que introduzia o programa era a famosa opera “O Guarani” de Carlos
Gomes.
O programa foi criado por Armando Campos – amigo de infância de Vargas, seu objetivo era levar as ideias do ex-presidente para a população, dessa maneira, servia como um incentivo ao governo para que recebesse apoio. Ou seja, de modo geral, as noticias tinham uma função com viés publicitário.
Com a Constituição de 1937, completamente aristocrática e implantada por Vargas, o Congresso
Nacional foi fechado e todos os poderes do governo
– o legislativo, judiciário e executivo – passam a ser comandados pelo presidente. Isso ocorreu a partir
do discurso de que o Brasil estava sofrendo ameaças comunistas internacionais, além disso, o governo de
Vargas dizia que o Congresso Nacional não servia, porque os políticos queriam roubar o país.
Dessa maneira, o poder executivo se tornou supervalorizado. Houve repressão à oposição e aos partidos que foram suprimidos aos direitos civis pela
Constituição. Para controlar a “Esquerda”, Vargas implantou a previdência social, a valorização do trabalho e a registro do Sindicato no Ministério – para a livre fiscalização. E a “Direita” foi controlada pela centralização administrativa, tributaria e financeira.
São medidas concretas e eficientes, mas controlando a ideologia nacional, Vargas poderia “reinar” mais tranquilamente. Para isso, implantou o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) – censura prévia e criou programas jornalísticos que apoiassem seu governo como o Repórter Esso e A Voz do Brasil.
Foto: Isadora Couto
Luís Mauro Sá possui uma opinião favorável ao noticiário implantado na Era
Vargas
Um ano