David hume
Em “Do mito à filosofia” – texto integrante da obra Metafísica, Aristóteles afirma que a observação e a contemplação levaram os homens a buscar uma forma de pensamento que conceituasse as coisas. Primeiramente abalados por dúvidas e interrogações óbvias e assim progredindo até as coisas, que até o momento, eram explicadas pelos mitos, mas agora, buscavam uma razão lógica de ser.
Como os mitos buscam e explicam as origens das coisas, seus amantes são considerados, de certa maneira, filósofos. O mito possui uma forma singular e deslumbrante para dar estas explicações. E quando a mitologia passou a ser escrita, os pensadores mais críticos começaram a perceber que estas histórias poderiam ser contestadas. Assim, pela desconfiança dessas histórias encantadoras, surge a filosofia.
O homem começa a filosofar para fugir da ignorância e do deslumbramento e para satisfazer suas necessidades de conhecimento, buscando respostas e origens para as coisas existentes de forma mais lógica.
Mas o homem só passou a ter tempo para observar, e assim, pensar quando o mesmo já possuía as coisas físicas necessárias para a sua existência – daí a palavra “Metafísica”, do grego, “depois dos livros de física” ou “além das coisas físicas”. A maneira de se pensar aqui não era mais restritiva, mas sim, livre. O homem poderia pensar no que quisesse. Isto caracteriza o filósofo como um homem livre, por poder escolher aceitar ou não os mitos, as crenças, o que ele observar. São livres para ter o seu pensar. E assim, a filosofia também é uma ciência livre, que existe para ela mesma e não para as outras. É uma ciência no sentido do saber, de obter um raciocínio sistemático. O seu próprio raciocínio sistemático.
Por fim, vale destacar que Aristóteles nunca definiu a filosofia como uma ciência, pois esta não é feita através de métodos experimentais e necessita passar por testes e comprovações. Para o filósofo, filosofia é uma disciplina que possui