Dança de salão
1. A história da dança de salão
A dança de salão apareceu pela primeira vez nas cortes italianas e depressa chegou até a França e a Inglaterra. Como uma prática de excelência e uma atividade de prestígio, foi estabelecida como parte da aristocracia da época, que a diferenciava das classes mais pobres, praticantes somente das danças folclóricas.
Os ritmos mais dançados eram os estilos mais clássicos e elegantes, como a dança medieval básica, com passos pequenos e deslizantes. Nos séculos XV e XVI surgiram os ritmos mais rápidos, como a Sarabande, na qual os casais passavam entre filas de bailarinos. Em seguida, o Galliard e a rodopiante Volta.
Ainda na Europa, era possível apreciar o delicado Minueto. A Valsa, originária de uma versão simplificada da dança austríaca denominada Lãnder, deu ao ano de 1776 o título de marco fundamental para a história das danças de salão. Nesse período, houve a primeira exibição de Valsa em Viena e foi também a primeira vez que os bailarinos se tocaram de maneira mais íntima ao dançar. O contato físico, necessário ao dançar, escandalizou muita gente.
Quando a prática da dança social começou a ser levada a sério, teve início a organização da dança de salão. Além das pessoas que dançavam socialmente também existiam as que dançavam com finalidade competitiva. A dança se dividiu entre social e de competição. Foram os ingleses os primeiros que percorreram vários países para encontrar a síntese de cada ritmo, codificando a forma de dançá-los para criarem as primeiras competições.
[...] surge o profissionalismo [...] até então, a dança era uma expressão livre; a partir deste momento, toma-se consciência das possibilidades de expressão estética do corpo humano e da utilidade das regras para explorá-los. Além disso, o profissionalismo caminha, sem dúvida, no sentido de uma elevação do nível técnico. (BOUCIER, 1987)
No Brasil, a dança de salão chegou no século XIX, com os professores de