Contexto histórico: a Guerra de Secessão e a expansão territorial norte-americana ocorrida no século XIX, mais especificamente a Conquista do Oeste. Sinopse: John Dunbar, tenente do exército norte-americano, entra em contato e passa a conviver com os Sioux, indígenas que habitavam a América do Norte antes da expansão territorial dos Estados Unidos. Ponto Forte: o filme não descreve a expansão em si, mas o choque cultural entre duas civilizações distintas, e por isso torna-se mais interessante. O enredo retrata essa difícil e violenta interação entre dois povos que vivem diferentes processos históricos. Dunbar acaba livrando-se de antigos preconceitos, como acreditar que os índios eram vagabundos e ladrões, e integrando-se na comunidade indígena, chegando mesmo a se tornar um sioux. O filme reproduz vários costumes dos Sionx: a caça aos búfalos, as decisões coletivas, a utilização dos recursos naturais à sua disposição, a importância dos animais para a sobrevivência. A relação entre o tenente e o lobo Duas Meias simboliza o mundo selvagem que aos poucos foi sendo assimilado por John Dunbar. As mortes do cavalo de Dunbar e do lobo Duas Meias simbolizam justamente a destruição desse mundo e a entrada da “civilização”, além de mostrar a violência dos métodos empregados pelo exército norte-americano e o desrespeito à cultura indígena. O filme Dança com Lobos inverte a lógica dos filmes de Western, onde o índio é bandido e o branco mocinho, mostrando uma tribo indígena bem organizada, índios vivendo em prol da comunidade e em harmonia com a natureza, enquanto os bandidos passam a ser os brancos que matam os búfalos por motivos comerciais ou os lobos apenas por diversão. O filme recebeu 12 indicações para o Oscar, vencendo em sete categorias, incluindo melhor filme e melhor diretor. Também ganhou o Globo de Ouro de melhor filme. O roteiro é uma adaptação do livro homônimo de Michael Blake feita pelo próprio autor. Atenção para a belíssima trilha sonora composta por John