DANTE
O desenvolvimento de um trabalho académico íntegro obriga não só à identificação das fontes, mas também à criação de ideias próprias. Embora esta regra seja de fácil compreensão a sua aplicação prática está rodeada de algumas dificuldades. As dificuldades mais comuns com que os estudantes se deparam na elaboração dos seus relatórios são:
a) Basearem excessivamente os seus relatórios na informação de outros autores;
b) Parafrasearem ou sumariarem excessivamente a linguagem e ou informação de outros autores;
c) Citar incorrectamente as fontes;
d) Dependerem excessivamente da ajuda de outras fontes.
Mais grave que isto, constituindo violações graves da integridade académica, é apresentar trabalhos de pesquisa iguais ou idênticos em disciplinas diferentes ou "pedir emprestados" trabalhos a colegas de anos anteriores ou de outras universidades e apresentá-los como originais seus.
Ao redigirem os seus trabalhos e relatórios os estudantes são frequentemente confrontados com as seguintes dúvidas: o que citar e não citar? cito em demasia? onde colocar a citação? Como evitar o plágio?
Relativamente à dúvida "o que citar" há uma regra básica a seguir: devem ser citadas todas as ideias específicas, as opiniões e os factos que não são da autoria de quem escreve. Em contrapartida não deve ser citado tudo aquilo que faz parte do conhecimento comum. O conhecimento comum tanto diz respeito à informação conhecida pelo público em geral, como à informação genérica de um dado campo profissional. Contudo, porque muitas vezes é difícil identificar onde começa e onde acaba o conhecimento comum, uma boa regra a seguir é "na dúvida deve citar-se".
Sentir-se compelido a fazer uma citação em quase todas as frases significa que não se pensou o suficiente, não se dispensou a atenção devida ou o tempo de investigação necessário ao tópico que se analisa, de modo a que possam surgir e ser desenvolvidas ideias próprias. Um relatório de pesquisa não