Dando Voz Ao Ateísmo
Entre tantas crenças e pensamentos diferentes, entrei no mundo dos ateus e agnósticos. Uma minoria existente no Brasil, que raramente tem voz para expressar suas idéias publicamente. Nada que seja incompreensível, afinal, colocar um ateu para falar na mídia, provavelmente, causaria uma polêmica sem tamanho.
Ateus são aqueles que não crêem na existência de Deus e nem de uma entidade divina. Ou seja, em uma definição mais clara, seria a falta de crença em qualquer divindade. O agnóstico é aquele que não acredita na existência de Deus, porém não nega a possibilidade da existência do mesmo; é como se houvesse uma dúvida. Segundo a ATEA (Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos), todo agnóstico pode considerar-se ateu por afirmar que a questão de uma existência divina não está decidida; mas uma pessoa que se identifica como ateu não tem como ser também agnóstica, uma vez que já crê na ausência de um deus.
O ateísmo nada prega. É apenas um grupo criado para pessoas com algo em comum. Não há textos, regras e nem hierarquia. Acredita-se que todo mundo nasça ateu, sem crenças. A religião vem de acordo com o meio e a cultura em que vive e, principalmente, os valores familiares que o indivíduo adquire na sua fase de crescimento. Dessa forma, alguns ateus sempre foram ateus, outros se tornaram ateus e agnósticos, cada um por seus motivos.
Nathália Farias, 19, estudante de Jornalismo, diz ser agnóstica. “Sou acho que mais por conta das coisas que eu via meus pais comentando. Certa vez ouvi que, por exemplo, uma criança que nasce para passar fome na África, está pagando os pecados da vida passada. Fiz um questionamento bem simples: se essa pessoa foi um ser ruim na vida passada e está aqui hoje para pagar por isso, então por que vocês ajudam? Não estariam ajudando uma pessoa "ruim"? Se Deus existe, ou se ele é justo, por que então existem pessoas fadadas a sofrer e outras que terão uma vida tranquila? É uma das coisas que me leva a ser