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A insensível natureza sensível

A natureza é a base primordial do arranjo corológico, é ela que liga as outras vertentes, mas a geografia (hoje em crise) utiliza como segunda fase de sua história.
O que chamamos por natureza é o conjunto de corpos ordenados pelas leis matemáticas. Não distinguimos natureza e fenômenos naturais, uma vez que concebemos a natureza decalcando nosso conceito nos corpos da percepção sensível.
Vemos a natureza observando o relevo, as rochas, o clima, a vegetação, os rios, etc. A natureza que concebemos é a da nossa experiência sensível que só tem sentido quando ligamos numa linguagem física – matemática.
Ademais fenômenos da natureza para a geografia são as rochas, a montanha, o vento, a nuvem, a chuva, o rio, as massas de terra, quando atribuímos a esses fenômenos coisas vivas, é para apreendê-las pelo seu papel de estabelecer um equilíbrio ambiental ao movimento das coisas.
Falar de organização geográfica da natureza é agrupar, enumerar e classificar os dados da percepção numa ordem taxonômica, tomando uma forma – classicamente: relevo- como a base do assentamento corológico das outras. E entender o processo de formação um a um, após o outro numa cadeia lógica de sucessão casual, partindo até que o último se integre num sistema de natureza. No tratado de Geografia Física, o enfoque da natureza é retratado um por um.
Desde quando La Blache afirmou ser a geografia uma ciência dos lugares, a descrição parte da topografia como base para formação da sociedade. O releva sempre da à ordem sequencial da organização geográfica. Depois de muitos estudos em escolas diferentes, foram acrescentadas informações que poderiam enriquecer o ensino de relevo, por isso, geralmente o capítulo de relevo é antecedido de um capítulo de abertura com informações gerais de posições, dimensões etc., a exemplo do atlas escolar.
Até mesmo nos dicionários da língua portuguesa, a definição de relevo é inacabada, advêm das escolas alemãs, e as atuais seguem à

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