Da Janela de Tormes: reflexões sobre Eça de Queiroz
É um prazer, para mim, estudar uma obra literária do ilustre escritor, poeta, historiador, entusiasta explícito do renomado escritor português Eça de Queiroz, o nosso querido Dagoberto Carvalho Júnior. E mais ainda apresentar à sociedade oeirense algumas anotações sobre sua obra.
Publicada em 2006, a obra Da Janela de Tormes foi dedicada a Paulo Nunes, que a prefaciou; a Celso Barros Coelho, Cineas Santos e ao oeirense, autor de Vaqueiro e Visconde, José Expedito Rêgo.
Foi a obra A Cidade e as Serras, do escritor realista português Eça de Queiroz, que forneceu a Dagoberto Carvalho Júnior a informação e o título da obra ora analisada. Tormes era a propriedade, em Portugal, de Jacinto, personagem da obra do romancista português, na qual a temática tratada, campo versus cidade, vem de uma longa tradição literária e é recorrente na obra do autor. Nesse romance, ele se dedica a mostrar a futilidade reinante em Paris e a satirizar as ideias positivistas que deslumbravam a juventude intelectual da época.
Paulo Nunes, no prefácio da obra, afirma que é “o livro mais afim com o ecianismo de Dagoberto”, uma vez que o autor oeirense “reúne na obra o que lhe faltava da influência de Eça no Brasil, sem esquecer o Piauí”.
A obra é composta de duas partes: a primeira intitulada Eça de Queiroz no Piauí, e a segunda, Eça de Queiroz em Pernambuco, no Piauí e em Vila do Conde (Portugal), traduzindo, além do ecianismo, o universalismo de Dagoberto.
A primeira parte reúne dois ensaios: “A influência de Eça de Queiroz na Literatura Brasileira” e “Luiz Lopes Revisitado”. A segunda parte compõe-se de cinquenta e um artigos, publicados no Diário de Pernambuco, Diário do Povo e Meio Norte, nos anos de 2004 e 2005. Três deles foram publicados também em O Comércio da Vila do Conde, no ano de 2003: Castro e Canto, Ano Novo e a Restauração; No Piauí, pelo Natal; O livro é uma mulher.
No primeiro ensaio, Influência de Eça de Queiroz na Literatura