Estudos em Daniel - Capítulo 7
A partir do capítulo sete iniciamos o estudo das profecias escatológicas do livro de Daniel. Este capítulo divide-se em duas abordagens proféticas: uma política e outra religiosa. Sir Isaac Newton diz que nesse capítulo é repetida a história dos quatro impérios vistos no capítulo dois, porém com mudança de ícones ou imagens aplicadas a Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia e Roma.
O primeiro ano de Belsazar é contado a partir de 555 a.C., embora estivesse em correinado com Nabonidus, seu pai. Percebam que Daniel não divulgou o sonho senão depois da morte do rei e do fim do império neobabilônico. Veja, para saciar nossa sede cultural, um breve quadro dos reis babilônicos:
87 anos e nove meses
O profeta foi dormir e aquela noite não foi uma daquelas tranquilas e poéticas (mil e uma) noites do Extremo Oriente. Deus impressionou sua mente com um sonho e visões que, como ele expressa no final do capítulo, deixaram-no inquieto: “Os meus pensamentos muito me espantaram, mas guardei estas coisas no meu coração” (Dn 7:28). Uma precaução, porém, Daniel tomou: “Escreveu logo o sonho e relatou a suma das coisas.” (v. 1)
Você poderá me perguntar por que o capítulo sete, que precede historicamente o capítulo 5 – da morte de Belsazar e queda de Babilônia – está fora de ordem cronológica. Pois bem, ao que tudo indica, pareceu bem a Daniel colocar esse sonho profético na segunda parte de seu livro, onde tratou das revelações proféticas, ao invés de pô-lo na parte histórica.
Pois bem, passemos ao sonho.
O que Daniel viu na primeira cena de seu sonho? Quatro ventos que agitavam o Mar Grande. Nas Escrituras Sagradas, ventos são símbolos de comoções, levantes, lutas, guerras (Jr 48:36, 37; Is 17:12, 13). A expressão “quatro ventos” refere-se aos pontos cardeais primários: norte, sul, leste e oeste (1Cr 9:24; Jr 49:36). Águas são simbólicas de povos, nações, multidões e línguas (Ap 17:15).